quinta-feira, 9 de julho de 2015

#1. Aproprie-se da sua história

“Conhecer a sua própria história de vida, dos seus antepassados e da comunidade em que vive. Saber identificar os eventos que aconteceram em seu passado e que determinam a pessoa que você é hoje. É a capacidade de identificar padrões que você quer perpetuar ou não. É enxergar a interdependências dos acontecimentos e poder sentir gratidão e honra por tudo que já foi vivido.” - Email com exercício sugerido pelo MOPORÂ

Este é o primeiro de 8 principios de empoderamento, curso gratuito criado por Larissa e Bruno (Moporã).
O exercício é simples, identificar as mudanças mais significativas de sua vida, e o impacto que gerou esta experiência. As lições, as qualidades que emergiram.
0-7 – Melhor fase da vida. Sem preocupações, sem responsabilidades. Um mundo novo para conhecer e explorar, sempre apoiada e cuidada por pessoas que te amam incondicionalmente, por mais errada e bagunçada que esteja, os país.
7-14 – Fase educativa. O início das responsabilidades e preocupações. Nesta fase estudar era uma preocupação muito pesada para uma filha de professor. Sempre exigindo o melhor, os melhores anos foram os três primeiros, onde a criança era observada por profissionais (tias) treinados para identificar deficiências fosse de saúde ou de aprendizado. Depois, acho que perdi o interesse, ou eu era uma das crianças espetaculares que tanto falam hoje em dia.
14-21 – Fase educativa. Minha pior fase, onde fui marginalizada por ser tímida, por ser ruiva, por ser diferente dos padrões da turma. Ainda é um pouco dolorido lembrar disso, se está resolvido ou não, sinceramente, não me importa no momento. Ok, pode ser um dos pontos que preciso trabalhar.
21-28 – Fase de formação. Graduação, pós-graduação, encontrei minha paixão, Arquitetura. Fase truculenta, já deveria ter entrado no mercado de trabalho antes desta fase, mas só entrei após entrar na faculdade, por esse ou por aquele motivo. Enfim, foi difícil começar a vida profissional e cuidar da vida estudantil, mas isso é o que metade dos colegas faziam na época, e ainda hoje o fazem.
28-46 – Sim, coloquei 3 etapas de 7 anos juntas, pois elas são praticamente iguais. Tentando encontrar o caminho, tentando me encontrar onde quer que estivesse.

O exercício termina com a reflexão do que foi identificado, respondendo a quatro perguntas;
· O que cada uma dessas experiências mudou em mim?
Meus primeiros anos, primeira fase de vida aprendi a ser alguém, ser ativa e criativa eram as minhas principais características. A segunda fase, tive muitas dificuldades em manter o foco na única coisa que precisava fazer.
A terceira fase, a pior, pensando agora, foi onde o meu problema de perder o foco cresceu, onde me fechei mais para o mundo, seria a fase de sair e desbravar mais longe, ao invés disso me fechei para o mundo.
A quarta fase, a formação, me mostrou o que perdi me fechando para o mundo. Onde poderia estar se não tivesse me fechado. As fases seguintes (os 18 anos seguintes) foram tentativas de encontrar o caminho que não trilhei.
· Que padrões se repetiram?
Sim, por 18 anos, repeti os mesmos padrões. Tentativas, fracassos, erros e medos de voltar a errar.
· Em que momento eu senti orgulho de mim mesmo?
Tenho orgulho de minha infância. E orgulho de méritos conquistados durante minha formação. Mas se for pesar, nada muito relevante para o que buscava.
· Que experiências do passado ainda tem influência negativa sobre o meu comportamento?
Me fechar ao mundo. Esta experiência me fez deixar de vivenciar coisa necessárias para o crescimento pessoal. Coisas que não vivenciei, e não sei se terei oportunidade de vivenciar. Sinto como se tivesse perdido algo precioso.
...
Quais foram os aprendizados a partir desse exercício?
Difícil explicar... Usarei metáforas para ver se me faço entender.
Me sinto como se tivesse perdido o trem, aquele trem que me levaria ao início do caminho certo.
Percebi que não adianta tentar encontrar o trem agora, perdi o momento de embarcar. Agora não tenho mais tempo de recuperar o atrasado, posso sim encontrar o caminho, mas por outros meios.

Tenho que deixar o que passou ser somente um capítulo, uma fase, e seguir em frente, olhando tudo e tirando o melhor de mim durante o percurso.

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